COMO AJUDAR ESSES "MONSTRINHOS" A SE TRANSFORMAREM EM CIDADÃOS
CAPAZES DE AMAR E TRABALHAR?
Eis a questão fundamental da Educação.
As limitações do trabalho pedagógico decorrem da própria complexidade da
psique humana, dos muitos obstáculos interiores ao processo de amadurecimento,
do conflito entre o desejo individual e as exigências da vida em
comunidade. Afinal, como sempre lembrava Freud, em alguns anos a criança tem
que se apropriar dos resultados de milhares de anos de evolução cultural
humana.
Uma leitura no mínimo interessante é o livro “Freud e a Educação: O
mestre do impossível” de Maria Cristina Kupfer, onde a autora toma como fio
condutor uma sentença de Freud, segunda a qual Educar, Governar e
Psicanalisar são três profissões impossíveis. Aborda também a chamada “pulsão
de morte” (desejo inconsciente de retornar à condição inanimada, que estaria
presente em todo ser vivo), uma das hipóteses mais especulativas de Freud, que
ainda hoje não é aceita por todos os psicanalistas. Na conclusão destaca-se o fenômeno
da transferência (já postado anteriormente), onde o aluno transfere para
o professor os sentimentos carinhosos ou agressivos da sua relação com os pais.
Desta forma o professor utiliza a ascendência que adquire sobre o aluno, para
transmitir ensinamentos, valores, inquietações, conscientemente ou não.
Afinal, não é verdade que os professores dos quais mais nos recordamos, mais
aprendemos, são aqueles que melhor nos seduziram??
Na escola como na vida, nós aprendemos por amor a alguém.
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