sexta-feira, 20 de abril de 2012

COMO AJUDAR ESSES "MONSTRINHOS" A SE TRANSFORMAREM EM CIDADÃOS CAPAZES DE AMAR E TRABALHAR?



Eis a questão fundamental da Educação.
As limitações do trabalho pedagógico decorrem da própria complexidade da psique humana, dos muitos obstáculos interiores ao processo de amadurecimento, do conflito entre o desejo individual e as exigências da vida  em comunidade. Afinal, como sempre lembrava Freud, em alguns anos a criança tem que se apropriar dos resultados de milhares de anos de evolução cultural humana.
Uma leitura no mínimo interessante é o livro “Freud e a Educação: O mestre do impossível” de Maria Cristina Kupfer, onde a autora toma como fio condutor uma sentença de Freud, segunda a qual Educar, Governar e Psicanalisar são três profissões impossíveis. Aborda também a chamada “pulsão de morte” (desejo inconsciente de retornar à condição inanimada, que estaria presente em todo ser vivo), uma das hipóteses mais especulativas de Freud, que ainda hoje não é aceita por todos os psicanalistas. Na conclusão destaca-se o fenômeno da transferência (já postado anteriormente), onde o aluno transfere para o professor os sentimentos carinhosos ou agressivos da sua relação com os pais. Desta forma o professor utiliza a ascendência que adquire sobre o aluno, para transmitir ensinamentos, valores, inquietações, conscientemente ou não.
Afinal, não é verdade que os professores dos quais mais nos recordamos, mais aprendemos, são aqueles que melhor nos seduziram??
Na escola como na vida, nós aprendemos por amor a alguém.



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